Videomonitoramento inovador impulsiona a energia renovável
O sistema de videomonitoramento UFF Araucária da Axis vai além da segurança patrimonial, servindo como plataforma estratégica para gestão operacional, cuidado ambiental e eficiência de processos na maior usina solar flutuante do Brasil.
A ascensão da energia solar flutuante
A energia solar é uma das fontes renováveis que mais crescem no mundo. Tradicionalmente, os painéis solares são instalados em telhados ou no solo, mas uma solução inovadora que vem ganhando aceitação e transformando a indústria é a energia solar flutuante. Esse modelo é baseado em estruturas instaladas na água para ampliar as possibilidades de geração fotovoltaica (processo de conversão da luz solar em eletricidade por meio de painéis solares), maximizando o aproveitamento da superfície e proporcionando benefícios ambientais, econômicos e de produtividade.
O Brasil possui um dos maiores potenciais de geração de energia solar e vem ampliando seus investimentos no setor. Um marco recente é o projeto UFF Araucária, desenvolvido pela KWP Energía Sunlution. Este projeto recebeu um investimento de 87,7 milhões de dólares e foi projetado para ser a maior usina de geração e distribuição de energia do Brasil, com capacidade para abastecer mais de 60.000 residências.
Necessidades de segurança de usinas solares flutuantes
Assim como os parques solares terrestres, as usinas flutuantes estão sujeitas a roubo de equipamentos, vandalismo e impactos ambientais. Garantir proteção eficiente do perímetro, monitoramento contínuo e resposta rápida a incidentes é essencial para a viabilidade e segurança desses projetos.
A solução de segurança da UFF Araucária foi projetada pelos parceiros da Axis, Aeon Security e Magos Systems, para fornecer proteção de ativos, eficiência operacional e monitoramento ambiental.
Um dos principais benefícios do sistema é a identificação proativa de riscos. Inicialmente, nos concentramos na segurança de ativos, sem objetivos adicionais em mente. Hoje, as câmeras Axis desempenham um papel mais amplo e importante na gestão operacional da UFF Araucária.
Desafios de garantir uma usina solar flutuante
Desafios únicos das instalações flutuantes
O projeto de videomonitoramento para usinas fotovoltaicas é bastante complexo, mas um modelo flutuante é ainda mais dependente de câmeras. "Para acompanhar as plataformas flutuantes, uma câmera de vídeo tradicional (com analítico de detecção de intrusos) teria que ser constantemente reposicionada", explica Anderson Jucá, COO da KWP Energía Sunlution.
Proteção de perímetro abrangente
Para enfrentar esses desafios e garantir uma segurança abrangente, era essencial proteger ativos críticos, como painéis solares e outras estruturas, e garantir a segurança dos trabalhadores no local.
Portanto, nove câmeras bullet Axis foram instaladas ao longo do perímetro externo da planta flutuante para monitorar as pessoas que entram e saem da área. Como essas câmeras podem suportar condições climáticas adversas, elas eram ideais para a planta flutuante. Além disso, fornecem monitoramento visual contínuo, permitindo a identificação de atividades suspeitas.
Integração avançada com radar e alto-falantes
A série AXIS Q62 de câmeras PTZ e o radar Magos (distribuído pela Ôguen no Brasil) foram combinados com o Security Monitor®, um sistema de segurança avançado desenvolvido pela Aeon Security, que integra outras tecnologias essenciais, como câmeras fixas, controle de acesso e alto-falantes de rede. Os alto-falantes de buzina de rede Axis são integrados ao sistema Security Monitor® e são ativados automaticamente quando qualquer anomalia é detectada e exibida por radar ou câmeras. Com anúncios pré-gravados, eles servem para impedir comportamentos indesejados, alertando e desencorajando possíveis ameaças enquanto notificam a equipe de segurança.
Reduzindo alarmes falsos com IA
Com a presença de aves e o movimento constante da água na albufeira, foi necessário implementar uma solução integrada com radar baseado em IA capaz de distinguir ameaças reais de fatores ambientais, minimizando falsos alarmes e garantindo respostas mais precisas. "A integração entre o radar Magos e a câmera Axis pan-tilt-zoom (PTZ) garantiu maior precisão operacional. Calibramos a solução para diferenciar entre animais, como pássaros, e pessoas, para reduzir alarmes falsos", acrescenta o porta-voz da KWP Energy Sunlution.
Proteção de 10.500 painéis solares
O projeto UFF Araucária estabelece um novo padrão de segurança e eficiência para usinas solares flutuantes alinhadas com o crescimento do setor energético brasileiro e mundial. Esta solução conjunta é agora responsável pela proteção de 10.500 painéis solares flutuantes, garantindo que todos os eventos são monitorizados em tempo real com a máxima fiabilidade.
O impacto na eficiência operacional
Na UFF Araucária, a segurança da usina é reforçada com um sistema equipado com tecnologia avançada. Cinco transformadores e quatro matrizes principais, incluindo dois de 2 MW e um de 1 MW, são constantemente monitorados por câmeras de rede para quaisquer tentativas de intrusão ou outros incidentes. Por sua vez, os painéis fotovoltaicos instalados em flutuadores de polietileno de alta densidade recebem atenção especial com uma câmera PTZ controlada por radar, que direciona o foco e aplica zoom preciso a qualquer movimento suspeito, garantindo proteção contínua e máxima confiabilidade.
Depois de um ano e meio em operação, a equipe da UFF Araucária percebeu que as câmeras de vídeo poderiam fazer mais do que proteger o perímetro. Visualizadas através de um celular ou tela de computador, as imagens de vídeo permitem que as equipes observem em tempo real se algum técnico está trabalhando nas cabines ou na planta flutuante.
Além disso, há uma série de condições ambientais que podem ser verificadas pela UFF Araucária e incidentes como aves colidindo com equipamentos podem ser identificados antes que tenham um impacto negativo no ecossistema.
"Um dos elementos de manutenção da usina é a remoção de sujeira dos módulos fotovoltaicos. Em comparação com as usinas solares terrestres, onde o problema é a poeira, nas usinas flutuantes são os excrementos das aves que usam a plataforma para descansar, pescar ou nidificar, o que afeta a geração de energia. Com as câmeras, podemos identificar áreas que requerem limpeza e enviar uma equipe de manutenção, o que ajuda a reduzir custos. Além disso, há um benefício indireto para a segurança das pessoas que gostam de atividades recreativas no reservatório", acrescenta Jucá.
Potencial para o futuro
Com um dos maiores potenciais de geração de energia solar do mundo, o Brasil possui aproximadamente 42 MWp de capacidade instalada em usinas solares flutuantes e, até 2028, o país poderá atingir 1,5 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Para a UFF Araucária, o plano é expandir a produção de energia para 120 MW, e a usina deve operar em sistema híbrido. Nesse modelo, a energia hidrelétrica reduz a produção durante o dia, economizando água, enquanto a geração solar é conectada à mesma rede elétrica. À noite, a hidrelétrica utiliza a água do reservatório, garantindo ganhos de eficiência e manutenção do nível do reservatório.
Com grandes planos prontos para se concretizar, ter a certeza de que já existem recursos para garantir segurança, eficiência operacional e cuidado com o meio ambiente é um desafio a menos para tornar o parque energético brasileiro mais sustentável e eficiente.
"Este projeto nos dá confiança de que as próximas etapas, incluindo as ilhas mais distantes, serão realizadas com um sistema autônomo de videomonitoramento, que opera de maneira precisa. Sabemos que podemos dormir tranquilos, confiantes de que a tecnologia funciona com segurança e eficiência", conclui o COO da KWP Energia Sunlution.
