Investimento com retorno.
O principal aeroporto do Rio de Janeiro adota sistema de monitoramento por vídeo capaz de acomodar melhorias operacionais a longo prazo.
Missão
O Rio de Janeiro é o maior destino turístico da América Latina e de todo o hemisfério sul. O principal ponto de chegada dos turistas, sejam eles da Europa, África, Oriente Médio ou do resto das Américas, é o RIOgaleão. A concessionária que assumiu a administração em 2014 procurava um sistema de monitoramento por vídeo que pudesse dar conta de seu primeiro grande desafio, as Olimpíadas de 2016, e oferecer suporte de longo prazo às operações aeroportuárias, pelas quais será responsável até o final da concessão em 2039.
Solução
A integradora Ziva Tecnologia e Soluções propôs um projeto de monitoramento por vídeo que ao longo do tempo poderia se transformar em uma ferramenta inteligente de apoio à gestão aeroportuária. A segurança nas áreas sensíveis do aeroporto foi aprimorada com a instalação de câmeras IP Axis. Imagens de vigilância de alta qualidade agora estão disponíveis para todas as calçadas, áreas de bagagem, controle de raio x e área de contêineres e pista.
Com uma área total de 280.000 m2, o equivalente a 39 vezes o tamanho do campo de futebol do Maracanã, no Rio de Janeiro, o aeroporto está equipado com mais de 820 câmeras de rede Axis, incluindo cinco modelos P-line, além da AXIS Q1615-E da sua linha Q. Todas as câmeras são gerenciadas pelo software SecurOS Enterprise da Intelligent Security Systems (ISS), uma parceira da Axis.
Resultado
Com as imagens, o aeroporto ganhou agilidade para responder não apenas à segurança, mas a toda a experiência dos passageiros dentro do RIOgaleão, desde a calçada até o momento da decolagem. Cada modelo selecionado atendeu aos requisitos de cada setor do aeroporto, que, em área, é o maior do Brasil, e também o segundo mais movimentado do país. O novo sistema favoreceu um alto nível de desempenho: o aeroporto obteve a maior pontualidade na América Latina e foi eleito o quarto melhor aeroporto da América do Sul.
Segurança em primeiro lugar
A primeira parte do projeto se concentrou em áreas sensíveis, como calçadas, controle de bagagem, controle de raio x, os principais corredores de passageiros e áreas integradas ao controle de acesso — outro aspecto importante do plano de segurança. As demais áreas, monitoradas pelas câmeras antigas herdadas da gestão anterior, começaram a ser substituídas em uma fase posterior do projeto.
A equipe do aeroporto usa as imagens para identificar suspeitos e monitorar movimentos dentro dos limites do Rio Galeão e em áreas externas próximas. Se necessário, as imagens também podem ajudar outros órgãos de segurança, como polícia federal, exército ou esquadrão antibomba.
Todas essas áreas são monitoradas por meio do software ISS, desde o monitoramento das áreas de estacionamento, passando por calçadas de carga/descarga, vias de acesso ao aeroporto, terminal de carga, escritório da Receita Federal, embarque de passageiros, movimentação de aeronaves, carrosséis de bagagem, até áreas apenas para funcionários onde os diversos dispositivos de controle de acesso estão integrados ao software.
Segundo Alexandre Nastro, o gerente nacional do ISS no Brasil, "o RIOgaleão passou a ter 100% de cobertura de imagens para áreas sensíveis e estamos trabalhando para transformar essas imagens em dados para tomada de decisões e melhor prestação de serviços".
A experiência olímpica
Em agosto de 2016, o Rio de Janeiro sediou o maior evento esportivo do planeta. Nesse mês, a cidade recebeu 450 mil turistas estrangeiros. Boa parte desse público chegou à Cidade Maravilhosa através do Aeroporto RIOgaleão. Em seu dia mais movimentado, não havia menos de 85.000 passageiros.
Esse período foi o primeiro grande teste do novo sistema de monitoramento por vídeo que o aeroporto havia adotado. Após o teste prático sobre questões de segurança, os administradores do aeroporto começaram a explorar o potencial do sistema para outros fins.
4K na pista
O uso das imagens foi expandido para apoiar a experiência do passageiro. "As câmeras têm sido usadas em operações simples — como um passageiro que perdeu seu tíquete de estacionamento. Conseguimos acompanhar o trajeto do passageiro pelo aeroporto, por onde ele passou, e apontar onde ele perdeu o tíquete", comenta o coordenador de datacenter Bernardo Hoelz.
Esse processo de melhoria do fluxo operacional, que ajudou a localizar a multa de estacionamento no terreno, é semelhante ao processo adotado para fins de segurança: os operadores da sala de controle detectam uma multidão se formando dentro do terminal e, graças às imagens, conseguem mobilizar a equipe para um atendimento mais rápido. "As imagens são utilizadas por várias áreas do aeroporto, além da segurança", afirma Antônio Nóbrega, gerente de infraestrutura de TI e Telecom.
Uma dessas áreas é o controle de tráfego. Atualmente, câmeras Axis monitoram a decolagem de aeronaves por meio de quatro câmeras 4K que transmitem imagens para a torre de controle responsável por gerenciar as 26 companhias aéreas que operam fora do aeroporto: 5 nacionais e 21 internacionais. A resolução muito alta permite até que o número da aeronave seja lido.
Pouca iluminação? Sem problema.
O sistema rastreia os passageiros antes mesmo de eles entrarem nas instalações do aeroporto. AXIS P1365-E Network Cameras, equipadas com a tecnologia Axis Lightfinder que rende imagens coloridas mesmo no escuro ou em baixíssima luminosidade, foram instaladas em toda a calçada do aeroporto e em outras áreas de baixa luminosidade, como a área de contêineres do RIOgaleão, um dos mais movimentados terminais de carga do país.
Depois de testar a tecnologia no aeroporto, e com resultados animadores em termos de qualidade de imagem, câmeras AXIS P1365-E foram instaladas em toda a calçada do aeroporto e em outras áreas de pouca iluminação, como a área de contêineres do RIOgaleão, que está entre os mais movimentados terminais de carga do país.
"O que nos levou a comprar câmeras para calçadas e outros locais com pouca iluminação foi precisamente a tecnologia Axis Lightfinder. Testes foram realizados e ela está sendo utilizada em espaços específicos", diz Hoelz.
Armazenamento econômico
Tudo no RIOgaleão é superlativo, inclusive o volume de dados trafegados em sua rede. Por isso, segundo Bernardo Hoelz, um dos motivos da avaliação favorável da Axis no projeto é a tecnologia Axis Zipstream, o que contribuiu para a redução do custo total de implantação do projeto.
"A Zipstream foi um dos pontos em que a Axis obteve a melhor classificação, devido ao grande número de câmeras que precisávamos adquirir, com possibilidade de armazenamento com custo reduzido", afirma o coordenador do datacenter.
A tecnologia Axis Zipstream permite que cenas com detalhes interessantes sejam gravadas com qualidade e resolução de imagem total, enquanto outras áreas são filtradas para reduzir a largura de banda e o uso de armazenamento em pelo menos 50%.
Detalhes forenses importantes, como rostos, tatuagens ou placas de veículos, são isolados e preservados, enquanto áreas irrelevantes como paredes brancas, diques e vegetação são canceladas para fornecer mais espaço de armazenamento, o que leva a uma boa relação custo-benefício para o cliente.
Todas as câmeras que compramos para este projeto são Axis. Levamos as melhores tecnologias da empresa em consideração para o projeto, e a tecnologia Axis Zipstream foi um dos pontos em que a Axis foi classificada como a melhor.
Preparado para o futuro
Em 2039, estima-se que mais de 80 milhões de passageiros usarão o aeroporto. Isso significa que outro fator importante para o projeto foi sua expansibilidade e prontidão para desenvolvimentos futuros. Afinal, o investimento foi feito pensando no longo prazo.
Um dos exemplos desses possíveis desenvolvimentos é a medição do fluxo de veículos e do tempo de permanência em determinadas áreas, como a zona de carga/descarga, e a execução de análises para prever quando pode ocorrer um congestionamento, gerando alertas para que os funcionários responsáveis pelo tráfego possam responder proativamente ao evento.
Outro exemplo é a integração de sistemas de automação com imagens, permitindo que o sistema de gerenciamento de vídeo interaja com sistemas de ar condicionado, elevadores, escadas rolantes e iluminação, acionando esses recursos sob demanda de acordo com o volume e movimentação de passageiros dentro do aeroporto. O reconhecimento facial e outras tecnologias analíticas também podem ser adotadas para áreas restritas.
Com as novas câmeras, o aeroporto construiu um ambiente adequado para a adoção de análises de vídeo. "Com este projeto, estamos construindo a base para explorar ainda mais os recursos, mas primeiro precisávamos fazer esse ambiente funcionar e ver como poderíamos nos beneficiar ao máximo com a instalação da análise de vídeo", conclui Antônio Nóbrega.